Para discutir a implantação do Centro de Treinamento de Alto Rendimento em Altitude, em Itamonte (MG), representantes do Ministério do Esporte, governo de Minas Gerais, prefeitura de Itamonte e Resende (MG), diretoria do Parque Nacional do Itatiaia e da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Mantiqueira se reunirão nos dias 25 e 26 no Hotel Casa Alpina.
Durante o Seminário para a Implantação do Centro de Treinamento de Alto Rendimento em Altitude, serão abordados temas como: o município de Itamonte, a importância fisiológica do treinamento em altitude, desafios, plano de ação para a construção e a experiência de Serra Nevada (Espanha) aplicada no Brasil.
O secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Djan Madruga, disse que os participantes do vão pensar o complexo nos próximos 30 anos. “A partir daí começaremos a elaborar o projeto arquitetônico e orçamentário, definir a estrutura das construções, as modalidades que serão atendidas e como será feita a manutenção do centro”, explicou.
Segundo Madruga, a construção do Centro de Treinamento em Altitude tem dois objetivos. O primeiro é colocar o Brasil no primeiro mundo do treinamento científico e esportivo. O segundo é democratizar esse treinamento tão importante para atletas de pelo menos dez modalidades. “Atualmente, só quem tem acesso a esse treinamento são os atletas bancados pelas confederações. Construir um centro desses no Brasil permitirá que todos os atletas tenham acesso”, afirma.
Antes de realizar o seminário, o Ministério do Esporte, em conjunto com o governo de Minas e a prefeitura de Itamonte, lançará a sala de condicionamento físico do Centro de Treinamento em Altitude no dia 24 de março, às 15h, em Agulhas Negras, a 20 km de Itamonte. Foram comprados equipamentos de última geração para a preparação física dos atletas.
Clara Mousinho - Swim it up
domingo, 23 de março de 2008
sábado, 22 de março de 2008
A australiana Emily Seebohm bate recorde mundial 50m costas

A australiana Emily Seebohm estabeleceu esta noite (manhã no Brasil) uma nova marca mundial na prova feminina dos 50 metros costas, durante o campeonato nacional de natação, classificatórios para os Jogos Olímpicos de Pequim 2008 e que acontecem em Sydney.
Seebohm, de apenas 15 anos, ganhou a prova com um tempo de 27s95, batendo a marca de 28s00 que pertencia à americana Hayley McGregory desde 7 de março de 2008.
A nova sensação da natação deste país alcançou a marca mundial em uma das semifinais da prova. "O objetivo nesta temporada era conseguir este recorde. Eu tinha de nadar abaixo dos 28 segundos", comentou Seebohm.
O recorde foi segundo quebrado no primeiro dia de competições na Austrália. Antes, Stephanie Rice já havia batido a melhor marca do mundo nos 400 m medley.
Com os resultados, Seebohm e Rice se firmam como principais nomes da natação australiana e mundial, ao lado de Grant Hackett e Libby Lenton.
Seebohm, de apenas 15 anos, ganhou a prova com um tempo de 27s95, batendo a marca de 28s00 que pertencia à americana Hayley McGregory desde 7 de março de 2008.
A nova sensação da natação deste país alcançou a marca mundial em uma das semifinais da prova. "O objetivo nesta temporada era conseguir este recorde. Eu tinha de nadar abaixo dos 28 segundos", comentou Seebohm.
O recorde foi segundo quebrado no primeiro dia de competições na Austrália. Antes, Stephanie Rice já havia batido a melhor marca do mundo nos 400 m medley.
Com os resultados, Seebohm e Rice se firmam como principais nomes da natação australiana e mundial, ao lado de Grant Hackett e Libby Lenton.
Francês bate recorde dos 100 metros livre da natação

EINDHOVEN - O francês Alain Bernard, de 24 anos, é o novo recordista dos 100 metros livre na natação. Ele estabeleceu a marca de 47s60 nesta sexta-feira durante o Campeonato Europeu de Desportos Aquáticos, superando em 0s24 o tempo anterior, do holandês Pieter van den Hoogenband, estabelecido em 2000.O antigo recordista, aliás, foi a principal ausência na prova. Com problemas de saúde, Van den Hoogenband não pôde entrar na disputa por medalhas.É a primeira vez na carreira que Bernard nada abaixo de 48s. A melhor marca do francês anteriormente era de 48s12, conseguido em 2007.
terça-feira, 18 de março de 2008
Boas mãos.
Ricardo Prado foi indicado ontem como novo diretor responsável pelo Parque Aquático Maria Lenk na cessão de contrato da Prefeitura do Rio de Janeiro com o Comitê Olímpico Brasileiro. Eu achei uma grande escolha. Se trata de uma pessoa com visão competitiva, experiência internacional e acima de tudo alguém ligado a nossa modalidade que realmente conhece os problemas do nosso esporte.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Guido bate recorde e detona índice olímpico

Guilherme Guido superou a “síndrome do quase”. Depois de ficar de fora de várias competições importantes por poucos centésimos, nas eliminatórias dos 100m costas do Sul-Americano Absoluto ele fez 54s67 nos 100m costas, bateu o recorde sul-americano que pertencia a Thiago Pereira, 54s75, e “detonou” o índice para os Jogos Olímpicos de Pequim, 55s57.
- Fiz abaixo do índice nos treinos, mas preferi não falar muito e me concentrar. Estou treinando pesado, não descansei, então agora é pensar em melhorar ainda mais – disse Guido
Agora sobe para 10 o número de nadadroes com tempos para Pequim: César Cielo, Thiago Pereira, Flávia Delaroli, Gabriel Mangabeira, Henrique Barbosa, Rodrigo Castro, Kaio Márcio, Lucas Salatta, Nicholas Santos e agora, Guilherme Guido.
CBDA.
Resumão das finais do Sul-Americano.
50 BORBOLETA MASCULINO
Recorde de campeonato, mais uma vez, para Nicholas Santos que está polidinho mas não raspou a barba. Ele está deixando para fazer um estrago maior na sua prova principal, os 50 livre. Nadou para 23:88 é sua segunda melhor marca nesta prova. Melhor que esta, só os 23:74 da Universíades no ano passado. Venceu com quase um segundo na frente do vice campeão mundial júnior, Cândido da Silva Jr na primeira dobradinha brasileira do Sul-Americano. Cândido fez 24:72, 16 centésimos melhor do que o colombiano Camilo Becerra.
50 PEITO FEMININO
Era previsto e aconteceu. Brasil fora do pódium, com Valéria Silva do Perú re-batendo o recorde sul-americano quebrado ontem. Hoje ela nadou para 32:53, três centésimos melhor do que ela havia feito ontem. Javiera Salcedo da Argentina, ex-campeã sul-americana ficou com a prata e Liliana Guiscardo também argentina em 3º. As brasileiras não ficaram no pódium nem perto dele. Carolina Mussi foi 6º e Tatiane Sakemi 5º.
800 LIVRE MASCULINO
Dobradinha da Venezuela com Ricardo Monastério aos 31 anos de idade, o mais veterano nadador da competição levando o ouro com 8:12:04. A prata veio da série nadada ontem com Daniele Tirabassi também venezuelano com 8:21:84. Para o Brasil, sobrou o bronze com Luis Arapiraca 8:23:03. Armando Negreiros ficou em 7º.
400 LIVRE FEMININO
Monique Ferreira não poliu, nem descansou. Assim, os 4:13:77, novo recorde de campeonato e apenas dois segundos distante do índice olímpico foram bastante comemorados. Ela já saiu forte na frente com 2:05:57 nos primeiros 200 metros. A chilena Kristel Kobrich foi prata com 4:17:94 e a argentina Cecilia Biagioli em 3º com 4:19:81. Manuella Lyrio foi 5º.
200 COSTAS MASCULINO
Mais uma dobradinha para o Brasil na pior prova do dia. Lucas Salatta venceu com 2:01:22, para quem não descansou nada até foi bom. Mas de Thiago Pereira para lá, foi bastante fraco. Thiago fez 2:05:70 e o argentino Luciano Rubio completou o pódium com 2:08:10. O 8º colocado na série fez 2:21:28. Que horror!
100 BORBOLETA FEMININO O esforço dos 59:79 de ontem e o fato de não estar descansada para o Sul-Americano deixaram Gabriella Silva longe do índice olímpico. A nadadora venceu fácil com 1:00:74 mas ainda sonhando com os 59:35. Daiene Dias nadou um pouco melhor que ontem mas nada de especial ao ficar em 2º com 1:01:77. A colombiana Carolina Colorado fez 1:01:96 e ficou a 5 décimos do índice olímpico.
100 PEITO MASCULINO
Henrique Barbosa quebrou o seu próprio recorde sul-americano que era de 1:01:47 apra 1:01:44. Henrique passou com 29:69 e voltou com 32:85. No Pan, ele havia passado com 29:76 e voltado com 32:71.
Felipe Lima não fez o índice mas nadou para 1:01:89. Sua melhor marca sem estar descansado. Saiu da prova contente e esperançoso no índice para maio no Troféu Maria Lenk. Felipe passou com 28:95 e voltou 32:94. O panamenho Edgar Crespo ficou em 3º com 1:04:51, mas como compete como convidado, o bronze terminou nas mãos do argentino Walter Arciprete com 1:05:44.
200 MEDLEY FEMININO
Joanna Maranhão venceu fácil, aliás, nunca tinha vencido Georgina Bardach tão fácil como hoje. Foram quase seis segundos de vantagem. Joanna fez 2:17:10, Georgina em 2º com 2:23:08 e a venezuelana Erin Volcan em 3º com 2:23:81. O índice para Joanna é de 2:15:27. Bárbara Jatobá terminou em 4º com 2:27:93.
200 LIVRE MASCULINO
Rodrigo Castro imprimiu um ritmo forte desde o início e venceu fácil a prova superando seu recorde de campeonato. Rodrigo venceu com 1:50:41. O uruguaio Martin Belgeri com 1:52:45 e o venezuelano Crox Acuña com 1:52:49 fizeram os índices B e terminaram em 2º e 3º lugar. Thiago Pereira nadou para 1:53:23 e ficou fora do pódium.
4 x 200 LIVRE FEMININO
O Brasil venceu fácil, mas o tempo não ajuda nada em nossas pretensões olímpicas. Manuella Lyrio, Tatiana Barbosa, Joanna Maranhão e Monique Ferreira nadaram para 8:23:77, cerca de 10 segundos pior do que a marca feita no Pan do ano passado. Argentina chegou em 2º e Venezuela em 3º.
Best Swimming.
Recorde de campeonato, mais uma vez, para Nicholas Santos que está polidinho mas não raspou a barba. Ele está deixando para fazer um estrago maior na sua prova principal, os 50 livre. Nadou para 23:88 é sua segunda melhor marca nesta prova. Melhor que esta, só os 23:74 da Universíades no ano passado. Venceu com quase um segundo na frente do vice campeão mundial júnior, Cândido da Silva Jr na primeira dobradinha brasileira do Sul-Americano. Cândido fez 24:72, 16 centésimos melhor do que o colombiano Camilo Becerra.
50 PEITO FEMININO
Era previsto e aconteceu. Brasil fora do pódium, com Valéria Silva do Perú re-batendo o recorde sul-americano quebrado ontem. Hoje ela nadou para 32:53, três centésimos melhor do que ela havia feito ontem. Javiera Salcedo da Argentina, ex-campeã sul-americana ficou com a prata e Liliana Guiscardo também argentina em 3º. As brasileiras não ficaram no pódium nem perto dele. Carolina Mussi foi 6º e Tatiane Sakemi 5º.
800 LIVRE MASCULINO
Dobradinha da Venezuela com Ricardo Monastério aos 31 anos de idade, o mais veterano nadador da competição levando o ouro com 8:12:04. A prata veio da série nadada ontem com Daniele Tirabassi também venezuelano com 8:21:84. Para o Brasil, sobrou o bronze com Luis Arapiraca 8:23:03. Armando Negreiros ficou em 7º.
400 LIVRE FEMININO
Monique Ferreira não poliu, nem descansou. Assim, os 4:13:77, novo recorde de campeonato e apenas dois segundos distante do índice olímpico foram bastante comemorados. Ela já saiu forte na frente com 2:05:57 nos primeiros 200 metros. A chilena Kristel Kobrich foi prata com 4:17:94 e a argentina Cecilia Biagioli em 3º com 4:19:81. Manuella Lyrio foi 5º.
200 COSTAS MASCULINO
Mais uma dobradinha para o Brasil na pior prova do dia. Lucas Salatta venceu com 2:01:22, para quem não descansou nada até foi bom. Mas de Thiago Pereira para lá, foi bastante fraco. Thiago fez 2:05:70 e o argentino Luciano Rubio completou o pódium com 2:08:10. O 8º colocado na série fez 2:21:28. Que horror!
100 BORBOLETA FEMININO O esforço dos 59:79 de ontem e o fato de não estar descansada para o Sul-Americano deixaram Gabriella Silva longe do índice olímpico. A nadadora venceu fácil com 1:00:74 mas ainda sonhando com os 59:35. Daiene Dias nadou um pouco melhor que ontem mas nada de especial ao ficar em 2º com 1:01:77. A colombiana Carolina Colorado fez 1:01:96 e ficou a 5 décimos do índice olímpico.
100 PEITO MASCULINO
Henrique Barbosa quebrou o seu próprio recorde sul-americano que era de 1:01:47 apra 1:01:44. Henrique passou com 29:69 e voltou com 32:85. No Pan, ele havia passado com 29:76 e voltado com 32:71.
Felipe Lima não fez o índice mas nadou para 1:01:89. Sua melhor marca sem estar descansado. Saiu da prova contente e esperançoso no índice para maio no Troféu Maria Lenk. Felipe passou com 28:95 e voltou 32:94. O panamenho Edgar Crespo ficou em 3º com 1:04:51, mas como compete como convidado, o bronze terminou nas mãos do argentino Walter Arciprete com 1:05:44.
200 MEDLEY FEMININO
Joanna Maranhão venceu fácil, aliás, nunca tinha vencido Georgina Bardach tão fácil como hoje. Foram quase seis segundos de vantagem. Joanna fez 2:17:10, Georgina em 2º com 2:23:08 e a venezuelana Erin Volcan em 3º com 2:23:81. O índice para Joanna é de 2:15:27. Bárbara Jatobá terminou em 4º com 2:27:93.
200 LIVRE MASCULINO
Rodrigo Castro imprimiu um ritmo forte desde o início e venceu fácil a prova superando seu recorde de campeonato. Rodrigo venceu com 1:50:41. O uruguaio Martin Belgeri com 1:52:45 e o venezuelano Crox Acuña com 1:52:49 fizeram os índices B e terminaram em 2º e 3º lugar. Thiago Pereira nadou para 1:53:23 e ficou fora do pódium.
4 x 200 LIVRE FEMININO
O Brasil venceu fácil, mas o tempo não ajuda nada em nossas pretensões olímpicas. Manuella Lyrio, Tatiana Barbosa, Joanna Maranhão e Monique Ferreira nadaram para 8:23:77, cerca de 10 segundos pior do que a marca feita no Pan do ano passado. Argentina chegou em 2º e Venezuela em 3º.
Best Swimming.
quinta-feira, 6 de março de 2008
Ian Crocker 51:67 nas eliminatórias
Começou hoje a competição no Texas, e Ian Crocker mostrou que não está para brincadeira. Mandou logo um 51:67 nas eliminatórias dos 100 borboleta. Será que ele nada para 50 na final? Lyndon Ferns ficou em 2o com 52:99.
É uma diferença muito grande e acho que Crocker vai fazer melhor na final.
Michael Phelps não nadou o borboleta. Ele só entrou no medley, passando a final com o 1o tempo mas um modestíssimo 2:03:23. Eu nunca vi Phelps tão lento. Será que guardou tudo para a final?
Best swimming.
É uma diferença muito grande e acho que Crocker vai fazer melhor na final.
Michael Phelps não nadou o borboleta. Ele só entrou no medley, passando a final com o 1o tempo mas um modestíssimo 2:03:23. Eu nunca vi Phelps tão lento. Será que guardou tudo para a final?
Best swimming.
terça-feira, 4 de março de 2008
COMO É O VENCEDOR ?
"Um vencedor é aquele que adota uma postura básica de determinação para vencer.O vencedor inspira confiança em tudo o que faz. Sabe que ser o primeiro, é consigo mesmo e mantém sua palavra não porque o outro vai cobrá-la (ainda que cobrar algo prometido seja um direito do outro) mas sim porque sempre dá o máximo de si.Sem nenhuma sombra de dúvida Pelé foi o melhor jogador de futebol do mundo porém era um atleta humilde que sempre reconheceu seus pontos fracos e procurou aprimorar-se. Quando jogador, era o último a deixar os treinos e lutava pela posse de bola como qualquer novato. Mesmo depois de ter parado, tem procurado aperfeiçoar sua maneira de dar entrevistas.A pessoa humilde pensa sempre em evoluir, e isto faz com que ele saiba procurar as pessoas certas, que vão lhe ajudar a crescer.Todo mundo conhece um vencedor, ele não tem vergonha de suas limitações mas principalmente não tem vergonha de comprometer-se com que faz. Mas atenção: O segredo não é fingir ser um vencedor, mas sim progressivamente produzir uma energia para suas realizações.Pensar pequeno e pensar grande dá o mesmo trabalho. Na verdade como você é capaz, é muito mais fácil ser especial pensando grande do que ser mais um pensando pequeno. O vencedor não corta o caminho nem se ilude com atalhos. Ele sabe que o 2o vem depois do 1o e que o 3o depois do 2o; treina para conseguir o que quer e vai atrás até conseguir. Sabe que milagres existem e podem ser feitos, mas é necessário treinar para que isso ocorra.Tornar-se um atleta especial é deixar de ser mas um como os outros. É transformar-se em alguém que sabe ir a fundo no que quer.O vencedor sabe que um erro é sempre possível e por isso cuida para que ele não aconteça, mas se ocorrer, o vencedor analisa as suas conseqüências e fica francamente chateado por tê-lo cometido.Não procura culpados nem perde seu tempo se escondendo atrás de acusações. Analisa a situação e procura imediatamente soluciona-la.Está provado: Os erros crescem quando você se abate com ele e diminuem e o fazem melhorar quando você os aceita e sabe que precisa melhorar para torná-los cada vez mais raros.O verdadeiro vencedor observa os outros para aprender com eles, não gasta sua energia em comparações pois sabe que isso é um desperdício.O vencedor sente que uma situação vai se desenvolver, e quando a oportunidade chega ele já está preparado e aproveita. O vencedor esta sempre alerta, ligado, atento para percorrer as oportunidades e fazer sempre delas um motivo para comemorações e muitas vitórias. "
segunda-feira, 3 de março de 2008
SPORTV REPÓRTER MOSTRA O MUNDO DO DOPING

Sportv Repórter inédito mostrou, sábado passado, como o doping está se disseminando pela sociedade. O programa abordou as questões comportamentais que cercam o uso de esteróides anabolizantes e outras substâncias químicas.
Pressões sociais, pressões psicológicas, a busca cada vez mais veloz pelo “corpo perfeito”, a necessidade de ser aceito em uma sociedade onde o corpo virou mercadoria e sinal de status. Vários fatores têm levado pessoas comuns a usarem o esporte e os anabolizantes como meros instrumentos para crescerem e ganharem massa muscular. Enquanto atletas se dopam por recordes, prêmios e medalhas, nas academias a competição é por um corpo idealizado, associado ao sucesso. A prática esportiva em nome do prazer e da saúde fica em segundo plano.
O antropólogo Cesar Sabino, um dos entrevistados do programa. Ele fez tese de mestrado e doutorado sobre o uso ritual de esteróides anabolizantes em academias do Rio de Janeiro. E revela que é o usuário de anabolizantes tem uma visão romântica sobre o consumo de substâncias.
- Essa noção de droga é muito pejorativa, então ninguém quer suportar, ninguém quer admitir que usa uma substância que é droga. Ainda mais porque eles estão ali em nome da saúde, do esporte, da prática esportiva. Mas é uma substância que é droga, essa é que é a contradição – disse Cesar, que presenciou alguns relatos marcantes sobre o efeito que a busca pelo “corpo perfeito” tem sobre as pessoas.
- Essa frase que eu escutei muito em várias academias: eu prefiro morrer com 30 anos com 60 de braço do que com 60 anos e trinta de braço.
Cesar Sabino entrevistou 200 homens e 110 mulheres que freqüentavam academias do Rio de Janeiro. Dos 200 homens, 81% disseram ter usado esteróides. Entre as mulheres, 69% disseram ter usado pelo menos uma vez. Segundo Cesar, não é somente o usuário que tem uma visão distorcida sobre o problema.
- As pessoas olham na televisão, as mães, os pais, os irmãos, o senso comum em geral, já que não associa isso a uma droga como a maconha e a cocaína, acham que aquilo só acontece com o grande atleta, com o atleta de renome, que conquista medalha.
O programa esteve na Bahia e mostrou o levantamento feito pelo Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A pesquisa foi coordenada pelo professor Jorge Iriart, coordenador de pós-graduação do ISC, e detectou 15% de usuários em academias da capital baiana. Um índice considerado alto.
- Temos que levar em conta que é possível que muita gente não tenha assumido que utiliza. Nós consideramos como usuário a pessoa que utilizou pelo menos uma vez na vida esteróide anabolizante e pedimos que identificasse qual foi o tipo utilizado. Quinze por cento é bastante alto e a maior parte deles, 70%, utilizou mais de uma vez – disse Iriart.
O estudo realizado na capital baiana mostra um dado alarmante: nas camadas mais populares a estética está misturada à sobrevivência. A pressa para ganhar massa muscular está ligada à oferta de empregos de baixa remuneração principalmente na área de segurança. O corpo é o instrumento de trabalho e o anabolizante vira um atalho para ganhar massa muscular rapidamente.
- Nas camadas médias também aparece o corpo como capital, sem dúvida, como a roupa de marca, como o carro que você tem. Mas tem um investimento, mas é menos esse investimento profissional, para você galgar uma profissão.
Educação e informação previnem o uso de anabolizantes
Os relatos dos especialistas que estudaram o assunto revelam que o usuário de anabolizantes recebe várias pressões e acaba não resistindo. O ambiente das academias acaba sendo um dos estimulantes para o consumo. Gustavo Casimiro, professor de educação física e pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, lembra que o perfil da academia pode determinar um ambiente mais ou menos aberto ao uso de substâncias.
- Tem academias onde isso não é discutido. Onde às vezes essa prática não existe, por causa do perfil que a academia prioriza e outras onde você tem isso assim muito próximo. Você observa às vezes em alguns locais. Não vou falar a palavra tráfico, pois ela está muito associada à questão criminosa, violência, armas de fogo, não é a questão. Mas você vê o transporte de drogas chegando. "Chegou o anabolizante ali, fulano trouxe”. Vem numa caixinha, o cara pega, guarda num determinado lugar, depois ele entrega para outra pessoa. Não é difícil ver isso.
Segundo Gustavo, o papel do profissional de educação física é fundamental para educar e informar.
- O profissional de Educação Física ele tem que justamente buscar nesse aluno um processo de educação. Não tem outra saída. Não adianta dizer "não toma isso ou aquilo porque faz mal". Hoje em dia numa época em que a gente vive, em que a informação ela está praticamente 100% democratizada, falar isso é errado porque esse aluno tem acesso muitas vezes às mesmas informações que o profissional tem. Então ele vai começar a buscar o que aquilo causa. Ele vai começar a procurar e provavelmente vai achar trabalhos científicos feitos com anabolizantes e nos quais não existem relatos de efeitos colaterais. Às vezes não tem relato de efeitos colaterais. E ele vai começar a questionar isso - lembra Gustavo.
O Sportv Repórter mostrou também que alguns usuários de anabolizantes sofrem de um transtorno denominado Vigorexia. Pessoas com grande massa muscular que, no entanto, se vêem pequenas e ficam escravas da malhação. Indivíduos que praticam musculação durante várias horas do dia e que nunca estão satisfeitos com o próprio corpo. E para apressar os resultados, acabam usando anabolizantes.
O programa entrevistou o professor e psicopatologista Mario Wilson Xavier de Souza, da Universidade Ibirapuera (SP), especialista no tema. Ele é mestre em distúrbios do desenvolvimento e revela que o vigoréxico geralmente tem pressa e por isso vê no anabolizante a maneira de acelerar o processo.
- É um comportamento obsessivo. E se ele começa a fazer uso dessas substâncias ele vê no seu corpo, num curto espaço de tempo, as alterações. A sua musculatura hipertrofiando. E consequentemente ele vai continuar a fazer uso dessas substâncias. Porque ele está vendo rapidamen as mudanças que pretendia.
Pressões sociais, pressões psicológicas, a busca cada vez mais veloz pelo “corpo perfeito”, a necessidade de ser aceito em uma sociedade onde o corpo virou mercadoria e sinal de status. Vários fatores têm levado pessoas comuns a usarem o esporte e os anabolizantes como meros instrumentos para crescerem e ganharem massa muscular. Enquanto atletas se dopam por recordes, prêmios e medalhas, nas academias a competição é por um corpo idealizado, associado ao sucesso. A prática esportiva em nome do prazer e da saúde fica em segundo plano.
O antropólogo Cesar Sabino, um dos entrevistados do programa. Ele fez tese de mestrado e doutorado sobre o uso ritual de esteróides anabolizantes em academias do Rio de Janeiro. E revela que é o usuário de anabolizantes tem uma visão romântica sobre o consumo de substâncias.
- Essa noção de droga é muito pejorativa, então ninguém quer suportar, ninguém quer admitir que usa uma substância que é droga. Ainda mais porque eles estão ali em nome da saúde, do esporte, da prática esportiva. Mas é uma substância que é droga, essa é que é a contradição – disse Cesar, que presenciou alguns relatos marcantes sobre o efeito que a busca pelo “corpo perfeito” tem sobre as pessoas.
- Essa frase que eu escutei muito em várias academias: eu prefiro morrer com 30 anos com 60 de braço do que com 60 anos e trinta de braço.
Cesar Sabino entrevistou 200 homens e 110 mulheres que freqüentavam academias do Rio de Janeiro. Dos 200 homens, 81% disseram ter usado esteróides. Entre as mulheres, 69% disseram ter usado pelo menos uma vez. Segundo Cesar, não é somente o usuário que tem uma visão distorcida sobre o problema.
- As pessoas olham na televisão, as mães, os pais, os irmãos, o senso comum em geral, já que não associa isso a uma droga como a maconha e a cocaína, acham que aquilo só acontece com o grande atleta, com o atleta de renome, que conquista medalha.
O programa esteve na Bahia e mostrou o levantamento feito pelo Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A pesquisa foi coordenada pelo professor Jorge Iriart, coordenador de pós-graduação do ISC, e detectou 15% de usuários em academias da capital baiana. Um índice considerado alto.
- Temos que levar em conta que é possível que muita gente não tenha assumido que utiliza. Nós consideramos como usuário a pessoa que utilizou pelo menos uma vez na vida esteróide anabolizante e pedimos que identificasse qual foi o tipo utilizado. Quinze por cento é bastante alto e a maior parte deles, 70%, utilizou mais de uma vez – disse Iriart.
O estudo realizado na capital baiana mostra um dado alarmante: nas camadas mais populares a estética está misturada à sobrevivência. A pressa para ganhar massa muscular está ligada à oferta de empregos de baixa remuneração principalmente na área de segurança. O corpo é o instrumento de trabalho e o anabolizante vira um atalho para ganhar massa muscular rapidamente.
- Nas camadas médias também aparece o corpo como capital, sem dúvida, como a roupa de marca, como o carro que você tem. Mas tem um investimento, mas é menos esse investimento profissional, para você galgar uma profissão.
Educação e informação previnem o uso de anabolizantes
Os relatos dos especialistas que estudaram o assunto revelam que o usuário de anabolizantes recebe várias pressões e acaba não resistindo. O ambiente das academias acaba sendo um dos estimulantes para o consumo. Gustavo Casimiro, professor de educação física e pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, lembra que o perfil da academia pode determinar um ambiente mais ou menos aberto ao uso de substâncias.
- Tem academias onde isso não é discutido. Onde às vezes essa prática não existe, por causa do perfil que a academia prioriza e outras onde você tem isso assim muito próximo. Você observa às vezes em alguns locais. Não vou falar a palavra tráfico, pois ela está muito associada à questão criminosa, violência, armas de fogo, não é a questão. Mas você vê o transporte de drogas chegando. "Chegou o anabolizante ali, fulano trouxe”. Vem numa caixinha, o cara pega, guarda num determinado lugar, depois ele entrega para outra pessoa. Não é difícil ver isso.
Segundo Gustavo, o papel do profissional de educação física é fundamental para educar e informar.
- O profissional de Educação Física ele tem que justamente buscar nesse aluno um processo de educação. Não tem outra saída. Não adianta dizer "não toma isso ou aquilo porque faz mal". Hoje em dia numa época em que a gente vive, em que a informação ela está praticamente 100% democratizada, falar isso é errado porque esse aluno tem acesso muitas vezes às mesmas informações que o profissional tem. Então ele vai começar a buscar o que aquilo causa. Ele vai começar a procurar e provavelmente vai achar trabalhos científicos feitos com anabolizantes e nos quais não existem relatos de efeitos colaterais. Às vezes não tem relato de efeitos colaterais. E ele vai começar a questionar isso - lembra Gustavo.
O Sportv Repórter mostrou também que alguns usuários de anabolizantes sofrem de um transtorno denominado Vigorexia. Pessoas com grande massa muscular que, no entanto, se vêem pequenas e ficam escravas da malhação. Indivíduos que praticam musculação durante várias horas do dia e que nunca estão satisfeitos com o próprio corpo. E para apressar os resultados, acabam usando anabolizantes.
O programa entrevistou o professor e psicopatologista Mario Wilson Xavier de Souza, da Universidade Ibirapuera (SP), especialista no tema. Ele é mestre em distúrbios do desenvolvimento e revela que o vigoréxico geralmente tem pressa e por isso vê no anabolizante a maneira de acelerar o processo.
- É um comportamento obsessivo. E se ele começa a fazer uso dessas substâncias ele vê no seu corpo, num curto espaço de tempo, as alterações. A sua musculatura hipertrofiando. E consequentemente ele vai continuar a fazer uso dessas substâncias. Porque ele está vendo rapidamen as mudanças que pretendia.
Rodrigo Araujo
Assinar:
Postagens (Atom)